Recentemente Donald Trump disse que para França “Se não fosse os EUA vocês estariam falando alemão”. Após a Segunda Guerra Mundial, a França estava devastada após 1940 quando foi derrota pelas tropas alemãs. Com o fim da guerra, os EUA através do tratado de Bretton Woods injetou capital nos países devastados para que recuperassem suas economias. Com a onda de intervenção forjada por John M. Keynes, os governos após a Crise de 29, vislumbraram o milagre do crescimento econômico planejado dos EUA. A França investiu em toda e qualquer indústria que surgisse no país usando o capital recebido dos EUA. As principais industrias eram bélicas e de aviões.
A França veio de um longa derrocada na última década por causa do Walfare State, o estado não parou de intervir na economia aumentando os benefício da população como o salário mínimo de 1.498,47 EUROS por Mês, jornada de trabalho de 35 horas semanais, planos de saúde, programas assistenciais, e todo aquele paternalismo europeu.
A alta carga tributária do país por causa do custo social elevado fez com que o déficit público aumentasse e ficasse insustentável. As empresas começaram a fechar pela queda de competitividade em se produzir no país, as demissões foram começando e se agravando na mesma proporção em que o governo gastava mais e mais tentando estimular o consumo interno para gerar produção igualmente ineficientes assim como na Grécia e na Irlanda.
O capital estrangeiro começou a migrar para a China, EUA e outros países com menor carga tributária, em poucos anos a França deixou de ser a 4ª maior potência econômica para 6ª em termos nominais. A França faz parte da Zona do Euro, está submissa as políticas monetárias do bloco europeu e refém dos alemães que controlam o Banco Central Europeu localizado em Frankfurt, se não é bom para a Zona do Euro, a França que se ferre. O PIB francês em 2017 cresceu 1,9%, o maior crescimento dos últimos 6 anos tendo uma média de 1,2% nos anos anteriores.
A indústria é francesa ainda é forte, são grandes exportadores, mas os problemas sociais são evidentes. Tentaram tributar grandes fortunas, só o que gerou fuga de capital do país com milhares de milionários abandonando o país antes de entrar em vigor a lei fazendo com que muitas empresas levassem embora bilhões de euros da economia. Hoje há mendigos e imigrantes árabes por toda a Paris, a taxa de desemprego na França é de 9,1% sendo que mais de 40% da população jovem não consegue emprego mesmo depois de formados.
A França ainda desfruta de sobras dos tempos dourados, o que construiu ao longo de décadas ainda mantem o país com índices de primeiro mundo. O país que um dia gritou “Liberté, Égalité, Fraternité” hoje amarga no longo prazo que segundo Keynes, todos estariam mortos, mas não estão. As sanções as liberdades de mercado agora cobram seu preço pelo braço de ferro do estado em querer prover o bem-estar social pela veia rota do descontrole fiscal. A onda de privatizações de Macron, o presidente da França, é a segunda queda da Bastilha.